Meditando sobre a responsabilidade
de pais e educadores na sólida formação humana, ética e principalmente
espiritual dos infantes, recordei-me do que, em 1981, disse ao jornalista
italiano Paulo Parisi, há décadas radicado no Brasil.
Defendi a basilar necessidade de unir ao raciocínio intelectual a sabedoria
que se origina no coração das criaturas. Sim, porque também existe a
inteligência do sentimento, da emoção e, mais que isso, a espiritual, provinda
do Mundo ainda invisível aos nossos olhos materiais, por questões de frequência,
entre outras. Ninguém morre. Continuamos vivos pela Eternidade.
EDUCAÇÃO COM ESPIRITUALIDADE
ECUMÊNICA
No “Manifesto
da Boa Vontade” (1991), escrevi que, intuitivamente, com acerto, assevera
o próprio povo, seguido por eminentes pensadores: “Enquanto há vida, há esperança”. O caminho mais acertado
permanece na área da Educação com Espiritualidade Ecumênica, um passo à frente
no Terceiro Milênio, que se aproxima.
Contudo, a insensibilidade de muitos foi a motivação
deste expressivo repto do notável Martin Luther King Jr. (1929-1968): “Ao longo do caminho da
História, uma das maiores tragédias do homem tem sido o seu limitado interesse
pelo próximo, seja este tribo, raça, classe ou nação”.
Por isso há que se orientar os esforços mundiais,
aplicando-os na tarefa de resgate da parcela desfavorecida do planeta,
colocando, assim, os valores da sociedade na devida ordem e fazendo a marcha do
desenvolvimento econômico dirigir-se em prol da criatura humana, porquanto o
ser vivente é a geratriz do progresso, a despeito das máquinas. Do contrário,
os governos poderão não estar governando para seus povos.
O velho Gandhi afirmava que “uma civilização é julgada pelo
tratamento que dispensa às minorias”. E aí, na indiferença de muitos para com os demais, reside
a sua fraqueza, se nada fizerem para mudar o rumo dos fatos, para o que é
necessário igualmente que parem de culpar a Deus e os Seus preceitos pelos
tropeços que dão. Atualíssima, portanto, esta advertência de antigo aforismo do
escritor latino Publilius Syrus (85 a.C.-43 a.C.): “Tolo é
aquele que afunda seus navios duas vezes e continua acusando o mar de culpado”.
ATENÇÃO
MERECIDA ÀS CRIANÇAS
Para que isso não venha a ocorrer com os nossos
pequeninos que se preparam para a vida, com honra inaugurei, em São Paulo/SP,
em 25 de janeiro de 1986, data natalícia da colossal cidade sul-americana, a
Supercreche Jesus, que integra um grande Instituto, hoje responsável pela
educação diária de 1.400 crianças, jovens e adultos.
Reflitamos
acerca deste ensinamento do Profeta Muhammad (570-632) — “Que a paz e a bênção de Deus estejam sobre
ele!”— no Corão Sagrado: “As
crianças são os ornamentos da vida neste mundo”.
Delas, Jesus, no Evangelho segundo Mateus, 19:14,
declara: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os impeçais, porque deles é o
Reino dos Céus”. E Salomão, em Provérbios, 22:6, aconselha: “Educa a criança no caminho
em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”.
Ao anunciar, ainda durante a inauguração da Supercreche
Jesus, o advento do Instituto de Educação da LBV, que surgiria em 25 de janeiro
de 1993, também na capital bandeirante, assim resumi sua filosofia de trabalho:
Aqui
se estuda. Formam-se Cérebro e Coração.
COMBATE À
EXPLORAÇÃO SEXUAL
Dezoito de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à
Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Uma batalha para a qual a
sociedade deve permanecer em constante vigília.
Proteger a infância e a juventude consiste em providência para todas as horas.
Tenhamos em nossa agenda o Disque Direitos Humanos, o Disque 100. A
ligação é gratuita.
José
de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br —
www.boavontade.com
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