sexta-feira, 26 de junho de 2015

ULA Completa 15 anos promovendo literatura em Anápolis

João Preda, Paulo Nunes Batista e Iron Junqueira, Foto Lilly Araújo
A ULA – União Literária Anapolina, iniciou suas atividades na Praça do Bom Jesus em 24 de junho do ano 2.000, e nesta quinta-feira, dia 25, com um café da manhã literário foi celebrada essa data tão importante para os escritores. O único e grande pesar foi à confirmação da não publicação do Lançamento de Livros no projeto “Anápolis em Letras, Fatos e Imagens” que sempre ocorreu nas festividades de aniversário da cidade. Paulo Nunes Batista, que completará 91 anos de vida em breve, ainda encontrou entusiasmo para comparecer a festividade dos 15 anos de fundação do Centro de Evento Literários de Anápolis (Profª. Laurentina M de Medeiros (Dª Loló). Ao perguntar a escritora, Simone Athayde, o que representa a ULA em sua vida, fiquei feliz com a resposta. "Para mim a ULA é uma segunda casa. É um lugar onde me sinto em casa, entre amigos, pessoas que compartilham o mesmo interesse que eu pela arte. Sinto que me tornei uma pessoa mais expansiva, mais comunicativa, pois a participação na ULA nos pede esse sair de nós mesmos, esse mostrar-se ao mundo que é tão importante na vida do artista. A rede de amigos se amplia, a vida social se agita. Há sempre o que fazer para quem é participante ativo da ULA." Já para a escritora Ana Maria De Freitas RochaA sede da ULA é um lugar muito aconchegante. É muito bom ser ulista para poder frequentá-lo e por conviver com tanta gente talentosa e amiga. Realmente, foi uma dádiva a criação dessa entidade filantrópica, que tanto enriquece nosso trabalho de escritor. Agradecimentos aos fundadores: Dona Loló, Sr Jarbas de Oliveira e Sr Paulo Nunes Batista. E agradeço, ainda, à Natalina Fernandes por estar conduzindo com maestria a nossa querida ULA.!” Ao falar na tribuna do auditório da ULA, durante as festividades dos 15 anos, Paulo Nunes Batista, discorre sobre sua trajetória. “Povo sem cultura é povo escravo, não existe cultura sem leitura, o livro é universal, divulga e resume os pensamentos, quem não lê não tem cultura, não é possível. Eu sou um viciado em leitura, comecei a ler com meus 8 anos de idade, La no Nordeste, tudo que caia nas mãos eu lia, eu li Monteiro Lobato, Olavo Bilac e todos os escritores daquela época, a ponto da minha mãe falar para mim: “ Menino larga esse livro, vai brincar, vai jogar um futebol”, mas eu preferia ficar lendo, porque a leitura abria caminhos pra mim, abria universos.,  mas vim publicar alguma coisa aqui em Anápolis, morei em mais de trinta cidades. Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Maceió, Goiânia, Patos de Minas, Belo Horizonte, morei três vezes. Em Ceres eu tive que escrever para vender os folhetos de cordel, então comecei escrevendo folhetos de cordel, escrevi 130 folhetos, eu ganhava dinheiro vendendo aos nordestinos que morava em Ceres, e eram muitos, deles eu sustentava a família. Quando vim para Anápolis, fiquei conhecendo alguns escritores, um deles foi Jarbas de Oliveira, Jornalista e escritor e poeta, meu amigo, em um belo dia ele e dona Loló convidou-me para fundar uma Academia em Anápolis, então falei que já tinha participado de varias Academias e nem uma delas prosperaram. Aí não sei de onde veio essa ideia e disse vamos fundar uma União Literária Anapolina-que forma a sigla ULA, e depois eu fui descobrir que essa Ula, está escrita em meu nome e a palavra ULA é de origem Russa, está na Enciclopédia, quer dizer montanha, montanha tem que subir, achei o nome apropriado, a ULA tinha que subir. É pra isso que a literatura existe é para abrir caminhos. Não só em Anápolis, mas em qualquer cidade do Mundo, dar se valor a Cultura e a leitura. Quem escreve contos, romance, poesia. Então fundamos a ULA,  que vai levar cultura ao povo, porque povo que não lê é povo escravo. Eu estou muito feliz em ver que esse ideal não morreu.   Dona Loló foi uma grande personalidade  ela e outras, Natalina está aí, e é um exemplo.” Entrevistei o nobre escritor Iron Junqueira um sábio da nossa cidade. “A ULA representa para Anápolis o centro cultural, atraindo para o seu seio todas as pessoas que gostam e amam as letras, a história a cultura, aqueles que gostam de buscar o conhecimento e confraternizar com as pessoas que pensam, que refletem que tem sua opinião formada em torno daquilo que é real, da verdade, do conhecimento real, e não apenas nas ficções nas mentiras, e nas politiqueiras que vimos por aí. A ULA é o lugar onde encontro meus amigos, os afins, as pessoas que eu gosto, que gostam do que eu gosto, da literatura, as obras que chegam e enfim a poesia, os poemas, crônicas, gosto de tudo que os literatos produzem.” E encerra suas palavras falando sobre o projeto “Anápolis em Letras, Fatos e Imagens” – “Eu acho que vai ser uma grande perda para o Prefeito Municipal, é um trabalho simpático, publicação das obras dos escritores Anapolinos, é algo que toda a população gosta, e tem um orgulho disso, aplaude o Prefeito por essa edição coletiva e penso que não poderia ficar este ano ausente desta publicação, mesmo porque o Prefeito é o principal homenageado, o principal responsável pela cultura e por essa publicação anual. O aniversário da cidade já perdeu com essa atitude, porque está todo mundo esperando, a cidade está a espera dessa chuva de livros que surgem a cada ano que vem a enriquecer a cultura de Anápolis, os Anapolinos e os autores. João Gomes que é um homem muito bom, um homem sensato que sabe acertar na mosca, não vai perder essa chance ele é muito inteligente, para perder a passagem do trem. Mesmo que não seja em julho, mas que não fique sem esse grande capitulo na história de Anápolis e da nossa gente e do próprio Prefeito João Gomes”.   E posso confirmar a mudança intima que ocorre na vida das pessoas após ler um bom livro, ouvir uma poesia, ou uma história. Como membro e escritor da ULA. rogo a Deus que continue trazendo essa dádiva Divina, que é a publicação anual desta coleção.”

Jornalista e escritor
João Areis Preda



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